Todo mundo tem seu lado bipolar, em alguns ele não aparece sempre, mas pelo menos uma vez na vida sim, em outros ele é uma constante. Quem nunca se sentiu feliz e em poucos segundos ficou triste? Quem nunca teve uma crise de riso depois de muito chorar? Sentiu-se perdido, sozinho, isolado, um peixe foda d’água. Essa bipolaridade trás seus dois lados da moeda. O de ser instável o tempo todo e não ter certeza de como se sente e o lado de aprender a lidar com os altos e baixos da vida começando por si mesmo. Entender melhor o que te faz bem, ou mal na hora e não depois de tanto se martirizar. Saber escolher o que merece sua atenção. Mas nem sempre, decidir é uma boa coisa para quem é bipolar, geralmente se isolar é uma forma mais fácil de não sofrer, não decidir, não escolher e de não enfrentar o mundo. Pensar no certo e no errado, agir certo ou errado, passado, presente, futuro, tudo isso mexe automaticamente com o ser bipolar. Ele é mais verdadeiro, porém menos delicado, mas isso varia muito. Ser bipolar requer no mínimo um pouco mais de cuidado, não por isso ser uma “doença” ou um “problema”, ou sei lá como a ciência explica. E sim por que se não se aprende a lidar com seu próprio interior, você enlouquece. Se você não se adapta ao escuro, claro, quente, frio, alto ou baixo, você cai em um abismo bem maior do que se pensa e isso te trás muitos problemas, se é que podemos chamar as consequências assim. Isso te trás desconforto emocional, sentimentos desnecessários, mas ainda há aqueles que preferem se entregar a lutar para se adaptar ou até lutar apenas para se manter de pé e de queixo erguido. Manter os pés no chão sempre ajuda, olhar para si de uma forma menos crítica também, se conhecer sem se rotular, viver sem planejar, nos faz sofrer bem menos nessa condição de bipolar.

Beta Nate