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quarta-feira, 7 de setembro de 2011



As pessoas precisam aprender que eu faço as coisas sem querer o mínimo de retribuição.
Precisam mais que nunca aprender que não espero nem melhor, nem pior de ninguém.
Desculpas, favores, nada disso me interessa. Se eu fiz ta feito, se preferir esqueça.
Queres retribuir? Não atravesse meu caminho, é apenas isso que peço.
Se decidir por atravessá-lo da forma errada, lamento mas faço tudo por mim.
E quando se trata de mim, o egoísmo é meu primeiro nome.

(Beta Nate)


E de que lado eu estou?
Do meu, só do meu.


Enquanto as pessoas não entenderem que a morte chega para todos, o poder continua sendo a maior causa de desgraças alheias.


Só me sentirei livre, quando tiver pleno direito sobre mim.
Quando não precisar que ninguém me diga o certo ou o errado.
Que ninguém me aponte o dedo dizendo o que devo ou não fazer comigo mesma.
Crime não deveria ser decidir pelas suas próprias causas, dores, ou enganos.
Crime deveria ser o descaso com a vida alheia, daqueles que possuem poder e recursos de evitar tanta miséria e perda.

Reflexão do Dia - Aula de Sociologia
Beta Nate


Sobre serem dois seres, ninguém dizia nada. Acreditavam. Ou melhor: Viam com seus próprios olhos. Sabiam todos que eram dois pois se movimentavam distintos pelas ruas trocadas: talvez metades de um mesmo círculo divididas há tempos, em outras vidas, quando ainda eram apenas a idéia do que poderiam ser, mas agora arco, raio, não diâmetro. Eram dois e todos sabiam, pois se eram delimitados e possuíam inclusive fronteiras - que ultrapassavam para sentir que era possível ultrapassar os medos; eram dois, sim, mas confundiam-se tanto por vezes que a mistura era quase homogênea. Etéreos, os dois, atemporais. Momentâneos? Como se o momento fosse tudo - E não é? Um deles dizia, e outro fechava os olhos pensando: encontrei. ou: é isso o que eu quero ou: como pode existir pessoas ligadas dessa forma? eu aqui depois de tanta procura, você depois de tanta espera, nem acreditava mais que alguém fosse chegar e te pegar assim dessa forma, desse jeito, pegar inclusive todas as suas horas e povoá-las de pedaços de mim ainda quando estou longe, e quando eu estou perto de você, eu, você, nós dois e tudo o que criamos te consumindo e a mim também, sabe que também me consome quando. Por um quê a mais, se tornariam um. E sem formas, não mais círculos estrelas corações. Por um traço, um fio, um deslize - pois não era perigo serem um só?, sempre a beira daquilo que não nomeariam - todos também sabiam que, em breve, se os dois ousassem... e confundiriam-se eles próprios em busca de um eu já perdido, um eu do passado e agora o eu presente tão acrescido de significado, de magia, de amor leve e peso de corpo também leve, um mesmo, um outro, dois de um só.
E olharam-se em silêncio. Sorriram depois, envergonhados de serem tão antigos, tão românticos, tão tão tão bregas e ridículos. Então prometeram, sob a lua cheia, um moreno e o outro tão claro, prometeram o amor eterno e ousaram.

Dez/2009