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quinta-feira, 14 de julho de 2011


Eu queria falar de sangue nas veias, de suor gelado percorrendo o corpo, de calor humano. Queria falar das sensações que a pele sente ao toque, do sabor da vida nos lábios de quem goza felicidade, mas eu não podia.

Não podia, pois no dia em que escolhi ser do jeito que sou, abri mão de tudo o que é real e ao mesmo tempo parei de acreditar na fantasia.

Eu não podia mais falar a respeito de nada com o meu olhar, com o meu desejo, com o sabor que eu sentia, porque morri. Porque hoje, sou apenas um amontoado de carne morta, de coração fatigado pela realidade imunda da humanidade, de mente transbordando de sentimentos vazios e pensamentos sistemáticos demais.

Sou apenas um pouco de morte ambulante, vivendo de doses controladas de ilusão. Sou um cadáver que rouba as sensações observadas, que se alimenta do que imagina. Não vivo de sonhos, mas sou ilusão, sou morte, sou vida, sou cadáver, sou mentira.

Hoje não falo nada sem tocar na ferida utópica criada pela criatividade, porque não sou apenas eu, sou letras, palavras, frases, textos, sou um conjunto complexo de histórias que não são minhas, mas que são criadas por mim.

Eu sou apenas uma aspirante a escritora, que usa isso para ser quem é, ou quem queria ser. Só reproduzo o que um cérebro pequeno demais para tanta informação implora. Passo às palavras sentimentos que não são puros, mas que são tão nítidos e carregados de força que tocam, emocionam, ou faz com que quem lê minhas palavras exploda de sentimentos tão humanos quanto os que retrato.

Nada é real, mas parece melhor do que a própria realidade.

Beta Nate


Sabe aquela coisa que vem de dentro da alma?
Que pede loucamente para que agite, que remexa, que procure algo mais?
Quando tudo pede uma briga, um beijo, um amor inexplicável que começa agora e termina daqui a meia hora?
Quando qualquer música está boa, desde que você também esteja. Desde que, você possa pensar em si e não em ninguém.
Quando o alguém que você quer é ninguém específico?
E aí vida, vamos aproveitar intensamente cada segundo que temos juntos?

Você e eu poderíamos escrever um romance ruim 

Beta Nate


adidrepadoféadaidaadof

Dou um doce para quem decifrar. *-*


As pessoas confundem muito:
Brincadeira com falta de educação.
Frieza com falta de coração.

BN


O poeta é um fingidor 
Mente tão completamente 
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.


Fernando Pessoa


(...) Não acredito em Deus porque nunca o vi. 
Se ele quisesse que eu acreditasse nele, 
Sem dúvida que viria falar comigo 
E entraria pela minha porta dentro 
Dizendo-me: Aqui estou!

Fernando Pessoa


Não sou nada 
Nunca serei nada 
Não posso querer ser nada. 
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. 
Estou hoje vencido, como soubesse a verdade. 
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer.

Fernando Pessoa


Hoje eu acordei com uma saudade na alma, mas não soube descrevê-la.

Elizaete Ribeiro


Fiz de mim o que não soube

Fiz de mim o que não soube,
e o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era
e não desmenti,
e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
estava pegada a cara.
Quando a tirei
e me vi ao espelho,
já tinha envelhecido...
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. 
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência 
Por ser inofensivo. 
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Fernando Pessoa


"Eu também" não é igual ao "Eu te amo".
Ser amigo não é para os momentos apenas bons.
Estar apaixonada não quer dizer que vá durar para sempre.

Para evitar quedas, basta uma boa interpretação.


Desconte sua raiva, ocupando seu tempo. Leia, viva, escreva, pinte, desenhe. Não deixe para depois a oportunidade de crescer, ela não volta.


Se uma boa observadora tira um pouco o brilho que dão ao ser humano e mostra claramente a merda que é fazer parte da humanidade.


O gosto de sexo ainda não saiu da sua boca.
O cheiro do suor dele ainda parece tocar e aquecer mais ainda seu corpo que ainda pega fogo.
Você ainda sente os lábios dele te explorando como nunca sentiu antes.
A língua dele brincando com os seus sentidos.
Suas unhas arranhando ele de forma que arranca sangue.
Aquela mistura de fluídos, começando da saliva até a troca de sangue, sêmen e suor.
Você ainda consegue ouvir a voz dele sussurrando coisas que você não consegue identificar.
Ainda consegue sentir o mesmo prazer momentâneo dele dentro de ti.
Eu sei que sente, eu sei que lembra, eu sei que é isso que mantém hoje o seu sorriso livre de amarras nos lábios.
Aquele sorriso que mesmo sem nenhuma palavra de admissão diz o que você fez, sentiu e aprovou até o último suspiro de exaustão.

Yanck Capput


Se engordo, estou grávida. Se emagreço estou doente. Se me visto bem, sou oferecida. Se me visto mal, sou desleixada. Se digo o que penso, sou mandona e arrogante. Se choro, quero dar pena. Se tenho amigos, sou uma qualquer. Se não, sou anti-social. Se me defendo sou mal-criada. Se não, sou fraca.
Enfim... Não se pode fazer nada sem se ser criticado.