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quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Hoje eu acordei com uma extrema vontade de escrever por mim mesma.

Como se qualquer texto que eu lesse se adequasse a mim, porém não fosse exatamente o que eu quero dizer.
Como se tudo o que passou, passa e passará em minha vida não fizesse parte de mim.
Não fosse o que eu esperava, como se nada fosse de jeito nenhum.
Eu não me encaixo em lugar algum, não me sinto querida por ninguém, mesmo que todos digam que sou.
Não sou feliz onde estou, nem na forma que tomei.
Meu coração é de pedra por fora e trancado por mil chaves.
Não dói mantê-lo assim, não quero abri-lo.
Não quero ser nada para ninguém.
Quero apenas ver eu mesma no espelho e dizer que ninguém depende do meu sorriso, das minhas palavras, da minha presença.
E então estarei liberta de tudo, de todos e enfim poderei ser feliz.
Loucura minha? Talvez para todos vocês eu seja isso, insana.
Mas no fundo, todos tem o mesmo desejo, o mesmo anseio, a mesma vontade.
Nenhuma palavra vai dizer em absoluto o que desejo, pois nem eu sei o que quero no dia de hoje, muito menos daqui a 30 anos.
Só sei que não quero filhos, marido e uma mesmice de vida padrão na qual estarei estabilizada e me tornarei uma dona de casa, ou uma profissional cansada.
Não quero nada além da minha independência. Tanto do mundo quanto das pessoas.
Ficar sozinha assusta a todos, a mim não!
Eu só quero isso, ficar só!
Não preciso de ninguém para ser feliz, preciso apenas do mundo.
Um mundo no qual quero abraçar, conhecer e não me apegar.
Um mundo que preciso visitar por inteiro, um mundo que está me chamando e eu nego seu pedido de ir.
Não tenho medo de deixar nada para trás, nada me prende aqui.
Eu preciso ir, só falta me deixarem partir.

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