Se desse para escolher qualquer lugar, para fazer as malas e viajar agora, o destino estaria definido: minha vida. do quilômetro zero até o mais atual.
Colocaria pouca coisa na mala, e ficaria passeando, observando de fora tudo o que aconteceu, desde que eu nasci.
Visitaria os pontos turísticos; cada sorriso, cada choro, cada festa de aniversário, cada surpresa...
Entraria nos museus históricos dos meus momentos e pensaria, aliviada, que alguns deles já passaram. lembraria com tristezas que outros já se foram.
Confirmaria, mais uma vez, que a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.
Acho que eu não ia querer levar ninguém; ia aproveitar para ver de novo cada pessoa que passou pela minha vida.
Talvez com isso eu tivesse a chance de fazer tudo diferente.
Mas a maioria das coisas eu faria exatamente da mesma forma.
E ao voltar ao presente, eu pediria para começar a viajem de novo.
E de novo...