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terça-feira, 14 de dezembro de 2010


Os objetos só tem sentido quanto tem sentido fora disso.
Eles precisam ser olhados, manuseados
Como nós.
Se ninguém me ama, viro uma coisa ainda mais triste do que essas.
Porque ando, falo, indo e vindo como uma sombra, vazio, vazio.
É o peso de papel sem papel, o cinzeiro sem cinza, o anjo sem anjo, ficou aquela adaga ali fora do peito. 
(...)

Lygia Fagundes Telles - Antes do baile verde ( contos ) Companhia das letras

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